segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Frases:


“A organização racista nasceu após a Guerra da Secessão, mas seus fantasmas assustam os Estados Unidos até hoje.”
por Paul-Eric Blanrue.


“Estamos em 1865, em um sul devastado, arruinado pelo desemprego e pela miséria, jovens veteranos da confederação sulista, o conjunto de estados que se separou da união, inventaram algo para passar o tempo”.

Insanidade Racial!





A Ku Klux Klan (também conhecida como KKK) é o nome de várias organizações racistas que apoiaram e apoiam a supremacia branca e o protestantismo (WASP). Durante seu período mais forte ela se localizou na região sul dos Estados Unidos, onde estavam a maior parte de negros do país, em estados como Texas e Mississipi.




No dia 24 de dezembro de 1865, na cidade de Pulaski, no Tennesse, após o final da guerra civil americana, seis amigos (Calvin Jones, Frank McCord, Richard Reed, John Kennedy, James Crowe e John Lester) se reúnem para fundar uma associação, nada política, onde a idéia era prolongar a fraternidade das armas, tendo em fim o objetivo principal de impedir a integração social dos negros recém libertados (proibindo-os de adquirirem terras, e terem direitos como qualquer outro cidadão, o voto). Seguindo a tradição dos clubes de estudantes, eles batizam a “comunidade” com um nome cheio de significados e mistérios. O nome Ku Klux Klan, ao que tudo indica parece ser derivada da palavra grega kuklos, cujo significado é círculo, anel, escolhida por Kennedy, Crowe depois decide dividi – lá em dois “Ku Klux”, alterando somente seu final, e por último acrescentam à palavra inglesa (clã) escrita com K. Por causa dos métodos violentos da KKK, alguns estudiosos dizem que o nome pode ter sido inspirado no som feito quando se coloca um rifle pronto para atirar.


A idéia divertida de Crowe, onde se fantasiavam, tanto eles quanto seus cavalos com panos brancos e capuzes roubados, logo mudou de rumo. Os “desfiles” mascarados visavam assustar, amedrontar os negros (que muito supersticiosos, acreditavam estar vendo fantasmas de confederados mortos durante combates), para dar mais credibilidade aos poderes sobrenaturais usavam abóboras recortadas, que faziam com que aparecessem e desaparecessem rapidamente, na tentativa de evocar a lenda do cavalheiro sem cabeça e escondiam ossos de esqueletos sobre os tecidos com os quais se cobriam. Em 1872 o grupo fica conhecido como uma entidade terrorista e é “banida” dos Estados Unidos.




Um segundo grupo que acabou utilizando o mesmo nome foi fundado em 1915, como uma organização fraternal, irmandade e lutou pelo domínio dos brancos protestantes sobre negros, judeus, católicos, asiáticos e entre outros imigrantes. Chegou a ter 4 milhões de membros na década de 1920, entre eles muitos políticos, onde suas principais formas de extermínio eram os linchamentos.A popularidade do grupo que caiu com a Grande Depressão estava por ser abalada novamente.Durante a década de 1930, o nazismo exerceu uma certa atração sobre a Ku Klux Klan, afetada após o ataque japonês na base americana de Pearl Harbor,durante a Segunda Guerra mundial, quando muitos membros do grupo alistaram-se no exército.


Em 1944 foi cobrada uma dívida do grupo pendente desde 1920, pelo serviço de contribuições diretas, onde incapaz de honrar o compromisso a Ku Klux Klan afunda pela segunda vez.


Mesmo com muitas tentativas de ressurreição o grupo nunca mais teve o mesmo sucesso de antes. As mentalidades pareciam ter evoluído. Com o fato de o soldado negro ter sido capaz de defender seu país tanto quanto o branco, Stetson Kennedy acaba contribuindo para o declínio da organização, mostrando seus segredos no livro “Eu fiz parte da Ku Klux Klan”.


Na década de 1950, com a promulgação da lei contra a segregação nas escolas públicas despertou novamente o movimento. Iniciaram-se as batalhas e novos crimes (como casas dinamitadas), sendo que mal sabia os negros que após 50 anos a Ku Klux Klan viria tão violenta como nunca. Outro fator que contribuiu para o ressurgimento do grupo foi o fato de que os negros durante a guerra se interessaram pelas mulheres francesas (brancas) fazendo com que associações femininas dos EUA temessem atitudes violentas e grosseiras da parte dos soldados negros.


Os métodos de punição continuavam tão severos quanto antes, balancear (deslizar a vitima por uma barra estreita de aço, para cima e para baixo, criando atrito) espancar, exilar, linchar e assassinar. Porem a Klan já não era mais uma organização em massa, reunia-se em no máximo alguns milhares de membros.


Os infernos passaram a se chamar cavernas, as reuniões começaram a ser realizadas a céu aberto, e muitos outros atos que são capazes de entusiasmar a qualquer estadunidense (a bandeira, a bíblia aberta e o punhal, homens uniformizados com capuzes brancos e a cruz de fogo durante a noite). A vontade de reviver o movimento era tão grande que podia passar por cima de qualquer “lei” antiga. No inicio o grupo só aceitava membros filhos de pais brancos estadunidenses que não fossem católicos e nem judeus, agora passava a aceitar membros cujos pais não fossem estadunidenses. Então seguia com o batismo, juramento e leitura de parágrafos da fé da Klan.


Os crimes são tão numerosos e variados, de forma tão fria e sem respeito algum, tão cuidadosamente guardado que até hoje nenhum escritor estadunidense deixou passar o acontecimento em branco.


A Ku Klux Klan esta esquecida na mente de muitos, mais lembrada na cabeça, no coração e na família de outros tantos, principalmente entre famílias negras e sulistas dos EUA. Hoje conta com aproximadamente 3 mil homens nos “estados confederados”, esses sem serem contados os muitos que apóiam a organização, por todo o mundo, cometendo crimes e atrocidades tão assustadoras quanto antes. Não se pode entrar na mente de cada um, a única saída é tentar informar sobra a besteira que foi cometida.